quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Companheiro


Sem você meu mundo era manchado.
Eu não conseguia me focar em coisas importantes e
muito menos em coisas pequenas como detalhes.
Sem você minha vida não tinha contornos e minha visão era embaçada.
Depois que entrou em minha vida tudo se transformou.








**** Na verdade ainda não sei ter você.
Invariavelmente esqueço que está presente e passo as mãos
aonde não devo. Você fica sujo e embaçado, não me orgulho
em dizer que você que tanto fez e faz, por mim é maltratado.


Perdão meus óculos.


Alone in the Dark


Quando se começa a morar sozinho o café da manhã é promovido de refeição mais importante para a refeição do que tem.
Pode ser batata frita, pizza dormida, pipoca murcha ou sorvete, não importa.
A única condição é que seja algo que seja algo que já esteja pronto ou que fique pronto depois de 2min no microondas.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011




Ano novo é uma data que costuma ser vista como um feriadinho muito mais divertido do que o Natal.

Algumas pessoas dizem que precisam passar na praia conhecer alguém e beijar na boca, pra "começar bem o ano". Outras até pagam mais de R$100 para entrar numa festa com "tudo liberado" TUDO NHAM.

Minha virada de 2010 pra 2011 foi ótima, mas a digna de ser contada aconteceu em viradinhas passadas....

Era uma vez eu. Eu e duas amigas delícia, combinamos de fazer uma festinha casa de um terceiro, com comida joguinhos e piada, bem light pra todo mundo ser feliz humildemente.
Aconteceu que no dia 31 a pessoa gentil resolveu cancelar nossa festinha humilde.
E agora José?
E agora que resolvemos procurar uma festinha que custasse no máximo R$10 até porque o dinheiro que já não tinhamos antes virou comida pra nossa ex-futura-festinha que estava cacelada.

O tio Google ajudou e encontramos uma festinha longe pra cacete que custaria só R$10.

Partimos felizes, lindas e belas em direção aos festejos, mulher é enrolada, nós somos mais, saímos depois de 23h e alguma coisa. O ônibus demorou sééééculos e como eu tenho uma ligação carmica com esse tipo de transporte urbano é claro que a passagem mágica que acontece 00h aconteceu lá dentro. =/
Mas ok, não nos abalamos alguém do grupo tinha levado uma garrafa de pseudo chapanhe abrimos lá dentro dividimos com o cobrador e não abandonamos o clima de felicidade.

Descemos do ônibus e só um integrante do grupo afirmou saber como chegar no lugar tá festinha barata. Confiantemente todos os outros integrantes o seguiram por uma rua danada de estranha. No meio da rua tinha um terreno baldio desses bem baldios mesmo. De acordo com o guia deveríamos passar por este terreno baldio cheio de mato e com um quiosque abandonado no meio.

A gente semos machas e resolvemos passar por lá só pra não dar a volta na rua. Tinha uma trilhazinha fubica no meio da mato e seguimos por ela em fila indiana, até que: ouvimos latidos de cachorro, que alguns já sabem que asssustam desde muito nova, quem não sabe pode ler aqui, e a primeira pessoa da fila indiana gritou gentilmente pra todos os que vinham atrás:


- CORRE que é pitbul!



Não somos bobinhas, ao contrário somos muito obedientes e corremos bem a beça, por medo de não dar tempo de correr pra algum lugar seguro subimos esbaforidamente no tal do trailer abandonado que estava lá no meio.

Os cachorros não se aproximaram muito, mas no escuro só podíamos ver o vulto e ouvir os latidos.

Foi um momento lindo, pensamos que ficaríamos ali pra todo o sempre com os cães enraivecidos a nossa volta. Mas com o passar do tempo os cachorrinhos se afastaram um pouco e ficaram mais calminhos, e nós bravamente decidimos tentar sair devagar no sentido contrário ao que os cães estavam, fui meio relutante em descer do santo trailer, acabaram me convencendo quando alguém prometeu que ia segurar minha mão pra me transmitir vibrações de coragem e acabei sendo uma das primeiras pessoas na fila de volta.

Na metade do caminho de volta surgiu outro grito gentil:

-Cooorre que eles estão voltando!


É claro que corremos pra caramba. E no meio da correria encontramos uma igreja MUITO chique, com mulheres de vestido longo segurando taças de cristal. O portão da igreja estava fechado, subimos na grade e gritamos em desespero para que abrissem o portão da salvação.

Entramos esbaforidamente tropeçando nas moças chiques e nas crianças com carinha de capa de revista, quando o portão foi fechado nas nossas costas, os cães chegaram latindo atrás, e na claridade todos da igreja riram de nós, eram vira-latas que abanavam o rabo....



- Olha aí seu pitbul...

O moço que havia aberto o portão pra nós abriu o portão de novo, bateu o pé no chão e os cães sairam correndo.


Não sei como não matamos quem disse que o cão era pitbul, mas o importante é que sobrevivemos, na verdade chegamos molhadas de suor na festa pra descobrir na porta que esquecemos a identidade em casa.... mas isso já é outra história.



Feliz 2011!