Ainda no espírito do dia das crianças:
Em um passado não tão distante e em uma infância feliz,
eu e amiguinhas fazíamos um passeio por nossa pequena
e querida cidade
(Brazlândia-DF). Na verdade um professor
havia faltado e estávamos indo brincar na casa de uma das
coleguinhas do grupo.
Aconteceu que meu cadarço estava desamarrado, e o de Batatinha,
uma das minhas amigas também. Logo, como somos espertinhas
paramos assim que percebemos para amarrar os fiozinhos
que atentavam contra a nossa segurança durante a caminhada.
Paramos na calçada para resolver o problema.
Aquela agachadinha básica para amarrar o cadarço e quando eu
olho para o lado o que eu vejo? O portão da casa em frente estava
aberto. Certo, em cidade pequena isso é comum, portões abertos
e portas destrancadas.
Mas essa casa tinha CACHORRO!
E é claro que quando o cachorro percebeu três filhotes de humano
parados em frente a sua casa, fez o que? Começou a latir e correr
em nossa direção.

A que estava em pé logo se resolveu e saiu correndo.
Eu levantei e fui logo atrás. Mas e Batatinha?
Batatinha ainda não tinha terminado de amarrar o
tênis, não sabia se olhava a que distância o cachorro
ainda estava ou se amarrava logo o cadarço pra
poder sair correndo.
"Corre Batatinha, CORRE!"
"Me espera! Me espera!"
Até que quando o cão chegou mais perto, Batatinha
desistiu de amarrar o cadarço e começou a correr também.

Ela ainda tentou terminar de amarrar enquanto corria, mas isso acabou
fazendo ela correr com um pé só.
Um Saci desesperado.
Corremos, corremos e corremos. Sabe quando você fica com falta de ar
de tanto correr? Pois é assim mesmo. Quando finalmente desistimos de
correr e resolvemos nos entregar ao cão bravo, olhamos pra trás e....
O cachorro não tinha passado nem do portão pra fora da casa dele.
A vida é assim mesmo, vira e mexe enchergamos dragões em coisas
bem simples de resolver .